segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Banheiro Feminino Última vez por Nina Dionysio

Ela estava distraída, olhava para o nada. Ele estava na porta rindo com amigos, observando-a minuciosamente. Conhecia cada parte de seu corpo, o que significavam cada expressão de sua face. “ela parece cansada”, pensou ele, “mas seu sorriso continua em seus lábios, sinal que o cansaço não lhe derrubou sua alma e espírito alegres”, concluiu.

Ela o localiza, o sorriso permanece, mais espontâneo e verdadeiro, só ele consegue lhe causar essa alegria com dor, essa vontade louca de agarrá-lo, arranhando-o, mordendo sua carne, cobiçando sua alma, l

he proporcionando um intenso prazer e obtendo de seu corpo o máximo de prazer e orgasmo que só ele sempre conseguiu lhe dar.

Os olhares se cruzam, um sim com a cabeça reciprocamente, nem uma troca de palavras, os olhos já se combinaram, daqui alguns minutos estarão um nos braços do outro, fazendo valer a total intimidade, a conversa corporal, o encaixe perfeito, a perda de juízo e pudor. Só os dois interessam agora, o mundo ficou esquecido.

Ele sai por uma porta, ela sai por outra, seu telefone toca, é ele. Em duas quadras adiante eles se encontrarão.

Enquanto seu corpo lentamente encontra o dele, ela sente arrepios, fica muda, o calafrio lhe domina o corpo. Ele ainda não lhe beijou, com uma mão puxa seus cabelos, enquanto a outra agarra suas coxas. Ela grita. Grita de prazer, de felicidade. Ele lhe cala com um beijo sufocante.

Seus dedos percorrem todas as zonas erógenas do corpo dela, po

is ele conhece cada detalhe de sua anatomia, ele sabe por onde percorrer, o que fazer, ele sabe que se usar maior força, ela vai gemer. Se ele lhe bater, ela vai gritar, e de repente implorar por tapas mais fortes, mordidas mais intensas, puxões de cabelos com mais firmeza.

Ela o ama, o ama perdidamente e o odeia desesperadamente.

Ele sussurra palavras ao pé do ouvido, comentários sobre seu corpo, elogios, safadezas, e faz uma exigência: que ela se entregue totalmente.

Seus corpos se afastam bruscamente quando ele a toca na cama. Ela vibra, todo seu corpo adormece, enquanto ela olha para o teto, duran

te instantes, sente estar no auge da felicidade.

 Amanhã você acompanha a continuação da Coluna de Nina Dionysio.


Nenhum comentário:

Postar um comentário